Defenda a ELASE como patrimônio da cidade!

Notícias 03/03/2021

O abaixo-assinado anexo trata da proposta de leilão do Clube ELASE, fundado em 1977, nome que surgiu da Associação dos Empregados da Eletrosul,  e é mais uma forma de entrega do patrimônio do Estado e dos trabalhadores para os grandes empreendimentos imobiliários.  Esta ação assemelha-se ao conjunto de projetos que a Prefeitura encaminhou em janeiro à Câmara Municipal, denominado Pacotaço, criticado por entidades comunitárias, Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores Municipários), movimentos sociais e setores combativos da cidade.

O Pacotaço envolveu seis projetos, sendo um deles a venda de terrenos e imóveis da Prefeitura para supostamente cobrir o déficit previdenciário, gerado pela falta de depósito da parte patronal,  entregando para o setor imobiliário, de mão beijada, áreas, principalmente no Norte da Ilha, como em Canavieiras, onde estão terrenos entre os mais valorizados do município e onde a Prefeitura mais deveria estocar terras para destinar a equipamentos públicos diante da especulação imobiliária. O leilão da Elase faz parte da mesma estratégia de privatizar o estado, como é o caso do desmonte da COMCAP, da destruição dos acordos coletivos dos seus trabalhadores e o amordaçamento do Sintrasem.

A ELASE está em uma área urbana central e estratégica e com o tempo virou um equipamento de uso coletivo, esportivo, social e de saúde que foi sendo apropriado ao longo de décadas pela população. Há muitos anos deixou de ser apenas um clube de funcionários da Eletrosul, que foi como começou, sendo aberto aos interessados em associar-se e desenvolvendo projetos sociais diversos. Hoje, é referência em atividades de lazer, de esporte e saúde, fundamentais para a cidade, conformando um patrimônio material e imaterial urbano que não pode ser  entregue  para o setor privado. Representa um período histórico em que o Estado oferecia, para além do trabalho, esporte, lazer e cultura para os seus trabalhadores, e em que o sindicato demandava esses equipamentos. Passou a ser exemplo de como estes equipamentos foram se constituindo em espaços para atividades cada vez mais coletivas.

São experiências que deveriam ser ampliadas, reproduzidas e fortalecidas como lugares comunitários públicos que constroem a cidade. Mas não! O leilão da ELASE vai na contramão de sua história, refluindo a cidade para a apropriação privada e não ampliando sua experiência, que foi a de um equipamento corporativo para um equipamento comunitário que construiu uma memória coletiva urbana. Assim foram suas equipes esportivas, que contribuíram muito para o esporte catarinense e brasileiro e os seus carnavais do Baile Verde e Branco. 

Por isto, solicitamos a assinatura do abaixo-assinado a seguir.

Lino Peres

Professor aposentado e voluntário da UFSC

https://www.change.org/p/cgt-eletrosul-contra-o-leil%C3%A3o-da-%C3%A1rea-da-elase-um-patrim%C3%B4nio-de-florian%C3%B3polis-elasedetodos?recruiter=876874910&utm_source=share_petition&utm_campaign=psf_combo_share_initial&utm_medium=whatsapp&utm_content=washarecopy_27622173_pt-BR%3A5&recruited_by_id=6a6f9890-5c8e-11e8-977b-819d9a9e67cb

 


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