Seis Atos marcam semana de julho na Grande Florianópolis

Notícias 18/07/2021

Há gritos que são dores incontidas

Há outros que são revoltos

Há gritos que são de raiva

E ainda há outros que protestam, prenhes de sonhos,

são resistências que projetam

mundos de emancipação

Poema meu em homenagem aos e às participantes dos seis atos, entre 10 e 17 de julho – uma semana – na Grande Florianópolis.

Estive presente em cinco, testemunhando a luta de rua, na qual os gritos ressoam distantes e próximos, expressando revolta por reparação dos direitos destruídos, contra a destruição da natureza e da vida urbana e pública, mas também de eclosão de esperança e de projetos no presente e no futuro.

Como sempre na história e principalmente em sua fase moderna, as ruas foram testemunhas das transformações e revoluções e são a cura da solidão e do desamor, proclamando que somente pelo coletivo há libertação dos grilhões da exploração e opressão do capital e seus algozes.

Construamos agora o dia 24/7, por Fora Bolsonaro e seus generais, e o dia 30, em defesa da natureza da capital catarinense.

RESUMO DAS LUTAS DE 10 A 17 DE JULHO

ATO DE 10/7 NA CABECEIRA INSULAR DA PONTE HERCÍLIO LUZ

Grito contra a 17ª Rodada de Licitações de Blocos de Exploração de Petróleo na Bacia de Pelotas, no litoral catarinense, propondo a preservação do litoral para uso público sustentável e a luta pela energia renovável.

ATO DE 12/7 NA FRENTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL/SC

Grito do Quilombo Vidal Martins contra o governo do estado, que adia a titulação pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA/SC), defendendo a titulação das terras quilombolas no Rio Vermelho, junto ao Instituto da Reforma Agrária (INCRA/SC), Ministério Público Federal/SC e Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), de Porto Alegre.

ATO DE 13/7 NA FRENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SC (ALESC) E DA ESCOLA ANTONIETA DE BARROS

Grito contra o fechamento da Escola Antonieta de Barros, desde 2008, lutando-se pela sua reabertura, destinando-a para a cultura da população negra e para toda a cidade, buscando a inclusão do corpo negro e de seu território no centro da cidade.

ATO DE 13/7 NA ESCADARIA DA CATEDRAL

Grito contra a privatização da Eletrobrás e pelos povos originários e tradicionais, lutando-se pelas duas soberanias: dos recursos nacionais e das estatais e a autonomia soberana dos povos originários e tradicionais.

ATO DE 16/7 NA FRENTE DA PREFEITURA DE PALHOÇA

Grito dos movimentos de moradia e Despejo Zero contra toda forma de despejo, em defesa da Ocupação Mestre Moa, em Palhoça, junto ao Ministério Público Estadual (MPE-SC), contra qualquer despejo das famílias das Ocupações e por moradia digna e definitiva.

ATO DE 17/7 NO CÓRREGO GRANDE

Grito do Movimento SOS Mata Atlântica do Córrego Grande em Florianópolis contra a destruição da vegetação da Mata Atlântica pelo Loteamento Brisas da Ilha, demandando-se a restituição da Mata Atlântica da área e a sustentabilidade da região e da Bacia do Itacorubi, localizada na parte insular Leste da Ilha de Santa Catarina.

Na foto, Ato em Palhoça contra o despejo de moradores de Ocupações urbanas


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