ATO CELEBRA ANIVERSÁRIO DE 117 ANOS DA MORTE DE CRUZ E SOUZA

Notícias 23/03/2015

Para além de mais uma homenagem ao nosso maior poeta, João da Cruz e Sousa, o dia 19 de março, dia de seu falecimento, há 117 anos,  as atividades organizadas por vários movimentos realizadas no Museu Cruz e Sousa naquela data, e apoiadas pelo nosso mandato e pelo do vereador Josemir Cunha (PSOL), destacaram-se pela aclamação e reflexão sobre a trajetória deste poeta negro, que é um dos maiores, senão o maior poeta simbolista do mundo. Ativista - combateu intensamente a escravidão - Cruz e Sousa foi escritor crítico mordaz contra o status quo da sociedade racista da época.

A homenagem a ele foi realizada em um final de tarde crepuscular iluminado pela declamação de poemas, nas vozes de JB Costa e Adriano de Brito. Em seguida, apresentaram-se os componentes das Velhas Guardas de nossas Escolas de Samba, sob condução de sua presidente,Tânia Maria Ramos, acompanhadas pelo querido passista Seu Lidinho, da escola da samba Embaixada Copa Lord.

As várias falas criticaram o abandono do Memorial Cruz e Sousa, inaugurado em 2010 e que tem sérios problemas de manutenção, estando atualmente interditado.

O vereador Lino Peres apoiou os encaminhamentos que foram dados por Maria de Lourdes Mina, a Lurdinha, coordenadora do MNU (Movimento Negro Unificado), e por José Ribeiro, coordenador do CEPA  (Conselho Estadual das Populações Afro descendentes de Santa Catarina), no sentido de garantir recursos próprios para a restauração do Memorial e uma audiência com o governador Raimundo Colombo. Na mesma direção, Flávia Lima, Coordenadora de Promoção da Igualdade Racial de Florianópolis (COPPIR) assinalou que conversou com o prefeito da capital para que ele interceda junto ao governador do estado para uma reforma urgente do Memorial.  

No Ato, Lino avaliou que o esquecimento do Memorial de Cruz e Sousa esconde o racismo institucional. Apesar de ser uma unanimidade histórica para Florianópolis e Santa Catarina, e citado constantemente por autoridades em solenidades, a negritude de Cruz e Sousa é silenciada.

Lino propôs que os deputados estaduais e federais por Santa Catarina sejam convidados a buscar uma audiência com o governador e que se forme uma Frente Parlamentar pela restauração do Memorial de Cruz e Sousa, iniciando-se ainda uma campanha de valorização de nosso poeta maior.

Lino ainda destacou, como professor e arquiteto, que o Memorial deve ser um centro vivo de cultura, e não somente um monumento arquitetônico. “Esse Monumento deve ter um acervo completo, inclusive em multimídia, de todas as obras do poeta, com acesso a todos, principalmente a rede escolar. Um lugar de encontros e saraus, um lugar de convivência com a cultura e literatura”, concluiu. Esse é o conceito mais contemporâneo de monumento.


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