FLORIANÓPOLIS VAI ÀS RUAS PELA DEMOCRACIA

Notícias 21/03/2016

A sexta-feira, 18 de Março, foi dia de Ato em defesa da democracia e do Estado de Direito, sob a ameaça de retrocesso, portanto o grito foi pela manutenção das conquistas que o povo tem obtido pelas vias institucionais e pela luta nas ruas. Foi um belo encontro de organizações sociais, centrais sindicais e partidos que há décadas vêm lutando contra as oligarquias econômicas e políticas e pela livre manifestação que nos é tão cara desde a derrubada da ditadura civil-militar. O Ato foi no TICEN, lugar por onde passa a população para pegar o ônibus, no caminho entre a casa e o trabalho, que ali pôde ter uma versão diferente do que se conta todos dias nas cadeias televisivas.

Estavam presentes muitas bandeiras e demandas, como o grito “Não vai ter Golpe!”, “O Povo não é Bobo, abaixo a Rede Globo”, e também a defesa da Petrobras e da soberania energética brasileira contra os impérios que querem se apropriar de nossas reservas de petróleo, principalmente o Pré-Sal. Mas todas estas reivindicações perdem o sentido se perdermos a democracia e a liberdade de expressão tão duramente conquistadas depois da ditadura civil-militar. E é esta que está em risco com tantos golpes diários de parte de um Judiciário já sob o controle das forças conservadoras. 

O vereador Lino Peres falou sobre as lutas e o sangue derramado pelos ancestrais, principalmente o povo negro, cujos quilombos hoje sofrem ameaça de cessarem suas demarcações e regularização, processo iniciado a partir de 2003 e ameaçado pelo latifúndio e o agronegócio que hoje dominam parte do Congresso Nacional. Ele lembrou que na próxima segunda-feira, dia 21/03, é Dia Internacional de Combate ao Racismo, data que lembra que no Brasil essa metade da população brasileira vive em condição desigual com a parte da população branca. 

Lino também citou os tantos trabalhadores que já tombaram na luta por melhores condições de vida desde os anos 1920 e 30 e depois nos anos 50 e 60, com a luta pelas reformas, como foi com o seu pai ferroviário, cuja categoria, com os portuários, sofreu a repressão militar, o desmantelamento das ferrovias e a privatização dos portos, processo que desde o primeiro governo Lula foi revertido com a nacionalização dos estaleiros. Ele lembrou também das populações que vivem invisíveis nas periferias, com mais de 64 assentamentos de baixa renda em Florianópolis e mais de 170 na Grande Florianópolis. Por fim, saudou os servidores municipais que, em uma forte greve, conseguiram uma vitória em suas demandas frente a uma prefeitura intransigente. 


Agora é somar forças para o grande Ato nacional em Brasília dia 31!


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