LEISHMANIOSE VISCERAL JÁ É UM PROBLEMA ENDÊMICO EM FLORIANÓPOLIS

Notícias 19/09/2017

No dia 12 de setembro tivemos a notícia do registro do segundo caso de leishmaniose visceral em humanos em Florianópolis, o tipo mais grave e fatal em 90% dos casos não tratados. Apesar do silêncio sistemático da Prefeitura, a situação é muito grave. O mandato do vereador Prof. Lino Peres levou o Prof. Dr. Edmundo Grisard, chefe do departamento de Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, à tribuna da Câmara Municipal para explicar a real situação da doença no município, e ele foi muito específico:
"Como professor posso afirmar que hoje temos transmissão endêmica da Leishmaniose em Florianópolis". Grisard, autoridade no assunto, alertou sobre a enorme dificuldade nas ações de prevenção e tratamento da doença e pediu esforço político dos vereadores para lidar com a situação, que pode ter consequências desastrosas para a população e a nossa cidade. Ele explica no vídeo.
A transmissão se dá sempre através do mosquito-palha, o vetor, e a doença em cachorros sempre antecede a transmissão para humanos. Já são mais de 340 cães infectados em 36 bairros da capital - fora os casos não detectados. Ainda mais grave é a surpreendente inação da Prefeitura de Florianópolis, que hoje tem uma equipe de apenas três veterinários para análise quando deveria haver no mínimo sete, segundo pedidos reiterados da equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A falta de publicidade e de posicionamentos públicos sobre o assunto demonstram a letargia e a incompetência na gestão de um problema de saúde pública. É importante lembrar: Rio Grande do Sul e Paraná já registaram mortes humanas da leishmaniose visceral do ano passado para cá.

Vídeo


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