OS ÍNDIOS GUARANI DO MORRO DOS CAVALOS PEDEM SUA AJUDA!

Notícias 29/11/2017

Precisa-se de doações para garantir a sobrevivência dos índios Guarani do Morro dos Cavalos, na Palhoça, que assim como todos os outros indígenas são um povo sob ameaça constante do homem branco, e que têm sido vítimas de ataques brutais pela posse de sua terra. Eles estão sob constante ameaça de grileiros e sem qualquer assistência do poder público.

No cartaz estão os pontos de coleta para as doações às tribos do Morro dos Cavalos. Alimentos, roupas, cobertores e pilhas são de extrema necessidade. 

Em novembro, as casas das famílias guaranis foram alvo de atiradores que, na madrugada do dia 18 para 19 de novembro, dirigiram pela BR101 intimidando a comunidade. No início do mês, uma das indígenas teve a mão decepada após uma frustrada tentativa de assassinato ocorrida dentro da própria casa. Esses são apenas os ataques mais recentes ao Território Indígena (TI) localizado no bairro da Enseada do Brito, local há anos almejado por grileiros.

Apesar de a investida contra o TI do Morro dos Cavalos manifestar-se de diferentes formas ao longo dos anos, a questão de fundo sempre foi e continua sendo a disputa pela propriedade da terra. O desrespeito dos diretos garantidos pela Constituição Federal aos povos originários precisa ser combatido de forma unificada e em parceria com as(os) indígenas. No momento, há um grupo articulado de apoio e de proteção aos guaranis. Para mais informações, entre em contato com o nosso gabinete.

Leia abaixo o depoimento da cacique Kerexu Yxapyry:

“Terra Indígena Morro dos Cavalos, 

Eu Kerexu Yxapyry, liderança estou passando para dar mais relato de atentado da madrugada do dia 18 para dia 19 de novembro de 2017. Às 01h30 houve vários disparos de tiros nas Tekoa Itaty, Tekoa Yaka Porã e centro de Formação Tataendy Rupa, os três pontos de vigília da TI (território indígena), sendo que na Tekoa Yaka Porã, um amigo nosso que estava de vigília, cuidando do portão de entrada da aldeia, quase foi acertado com o tiro. Quando uma pessoa que passava no carro gritou: "Já era" e atirou em direção à aldeia, nesse mesmo momento houve os disparos nos outros pontos. Xondaro kuery precisamos ficar atentos, pois os Juruá kuery (não-índios) estão organizados e eles estão sabendo dos pontos de vigílias.

Já recorremos a todos os meios legais de proteção e até agora não obtivemos respostas. Promessas e notas de apoio também não estão valendo de nada. Os atentados estão cada dia mais dentro das nossas Tekoas, em nossas casas, em nossas famílias.

Vamos ficar cada vez mais alerta e chamar apoiadores que venham somar nessa luta de vigília.”





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