Procurado por representantes de várias das comunidades do bairro Monte Cristo, o vereador Lino Peres soube que centenas de moradores receberam contas de água com valores exorbitantes nos últimos meses. O problema resultou em uma série de transtornos, inclusive com casos de inadimplência. A questão levou o vereador a requerer a realização de Audiência Pública junto à Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Pública com a presença de um representante da CASAN na mesa para participar dos debates, além da participação do Ministério Público Estadual, responsável pela área de defesa do consumidor, e lideranças locais.

Embora as cobranças tenham sido justificadas pela CASAN como decorrentes de um suposto acordo com a Prefeitura Municipal de Florianópolis, realizado tempos atrás e que permitiram ser faturados todos os débitos pendentes de uma vez, os diversos incômodos e prejuízos sofridos pelos moradores do Monte Cristo levaram o mandato de Lino a entender que a CASAN precisa dar explicações àquela comunidade e também à Câmara de Vereadores, tamanha a importância do fato, que motiva o agendamento de Audiência Pública para buscar uma solução para as famílias atingidas.

As famílias e seus representantes já estiveram com a CASAN. Da reunião, que também teve a participação da Secretaria do Continente (PMF), ficou acertado um recadastramento; o faturamento das contas somente com base no consumo pós-recadastramento (ficando os débitos pendentes à espera de um acordo posterior); e a utilização do recadastramento como base para inserção das famílias em uma tarifa social da qual a CASAN dispõe atualmente.

Porém, apenas o recadastramento foi realizado e os débitos anteriores ainda estão sendo cobrados sem que o faturamento das contas com base no consumo pós-recadastramento tenha sido realizado. Além disso, a tarifa social não foi estabelecida até o momento.