AOS HOMENAGEADOS NA NOITE OUTONAL DE MARÇO DE 2016
Aos homenageados na noite outonal de março de 2016
Talvez toda homenagem não seja suficiente
Mas lembra que caminhamos no coração de outrem
onde repercutiram nosso gesto e esforço
Que valeu a pena toda a palavra, todo o ânimo, todo o amor
Que não era em falso o que acreditávamos e ainda cremos
Que toda obra, ainda que inacabada, ressoou em tantos que nem percebemos
Porque não tinha outro fim que abrir corações para ajudar a terra a germinar, plasmar todo o ensinamento e vê-lo brotar no outro, sentir o canto,
contemplar o vôo da palavra e o fluir do gesto, gerando tanto encantamento e reconhecimento
E quando nos demos conta, tudo havia brotado e crescido
E que em tudo isto teve nosso toque
E, cá entre nós, vem de origem desconhecida, que chamamos Deus, vida ou qualquer coisa que dizemos divina ou mistério
Algo que nos impulsiona para a ação sem medo
Que nos facilita viver e fazer com que tudo que nos acompanha recupere suas asas
É isto que surge na forma de mérito e agradecimento
E que não procuramos, mas nos é dado sem saber
De surpresa, de súbito
Como se fôssemos atores no instante da pura ação
E quando as cortinas caem, os aplausos não se contêm
Tudo vibra e agradece
Pelos nossos gestos doados com amor
No entrega em que nos arremessamos todo o dia e que chamam trabalho ou doação.
Vejo na professora Tânia Piacentini a palavra que brota a fome de ler expandindo corações e mentes para além do imaginário, gerando da Barca dos Livros outras barcas e pássaros da palavra.
Silvio, guardião da natureza, toda ação revestida de precaução e vigília, política institucional plasmada em proteção e zelo.
Denilson, entrega no fazer e fluir cultura, pelos tambores até o Carnaval, mas, também, militância entregue aos desvalidos e invisíveis das cidades.
Irma, cuidado e ação de socorro para aqueles que o poder silenciou e que são jogados às ruas e às cárceres. Aquela que guarnece corpos, aliviando toda a dor.
Valdir Agostinho, cultura feito carne e vida em festa, iluminando nossos dias metálicos, tornando mais leve nossas vidas, cuja arte transcende o lugar, o folclore.
Neiva Ortega, seiva que nutre toda política cultural há muito tempo, caminho cheio de paixão por tudo que é criação humana, energia encarnada de luta pela arte.
Alfredo, nosso querido funcionário da Câmara que transcendeu o cotidiano do trabalho, que vai além do servir para o público, referência para tantos reconhecida mesmo na acidez do trabalho legislativo.