PRESIDÊNCIA DA CÂMARA CRIA CARGO COMISSIONADO
A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Florianópolis publicou um Projeto de Resolução que aprova a criação de um cargo comissionado de Procurador Geral para a Casa, a iniciar em julho. Dos muitos questionamentos que essa ação traz, a primeira é: há realmente a necessidade de contratar alguém para a Procuradoria, considerando que já existem hoje três Procuradores na Câmara? E se houver, por que não lançar um concurso público para uma função técnica? Outra: o fato de a Presidência criar um cargo de confiança já não coloca em xeque a credibilidade das decisões do novo Procurador?
A segunda questão é o custo para a Câmara. Em alardeados tempos de crise financeira, o novo comissionado terá salário inicial de R$ 9.944,36 e vai custar, no mínimo, R$ 170 mil ao ano para os cofres públicos. Outro ponto essencial na discussão é a substituição de um cargo que deveria ser efetivo por um cargo comissionado, manobra muito atual na política brasileira e que é o câncer dos órgãos públicos em todo o país. Em tempo: quando Gean Loureiro era presidente da Câmara, usou a mesma manobra e também empregou um Procurador Geral comissionado, desvio que foi corrigido pela gestão seguinte e o projeto de resolução foi revogado. Por que a atual presidência da Casa vai reincidir no mesmo erro?