ORGULHO LGBT!

Notícias 19/07/2017

Estivemos no ato que celebrou o Orgulho LGBT em Florianópolis. Datas assim são ocasiões para celebrar a diversidade sem deixar de lado a luta pela igualdade de direitos. Na ocasião conversamos com algumas das pessoas presentes sobre a importância do evento:

“Obrigada, eu nem usei maquiagem hoje”, brincou Ramona Clark quando elogiada pela beleza, no ato de celebração ao Orgulho Gay. A drag é uma personagem do designer de moda Vinicius Rodrigues. “Comecei a me montar há dois anos como uma mera vontade de me expressar”, explicou complementando que depois percebeu que fazia parte de um movimento maior, ligado à cultura LGBT. Ele defende que eventos como o realizado na Alfândega servem para mostrar que gays, lésbicas, bissexuais, pessoas tans, drags existem e têm o direito de viver de forma plena. Reconhece que a presença de Ramona Clark em eventos é importante para que os(as) jovens que estão se descobrindo em sua diversidade sintam-se acolhidos(as) e aceitos(as).
 
“É lindo a gente ser assim, quanto mais cor melhor”, defendeu Magna Stone Clark, uma das drags que abrilhantou o ato de celebração ao orgulho LGBT, em Florianópolis. A personagem surgiu como um hobbie do mestre em engenharia ambiental Raphael Zanelato Barbosa e se transformou em manifesto pela liberdade de ser o que bem quiser. “Quando cheguei no departamento do meu curso com o cabelo tingido, meu orientador me olhou e disse: ‘estava faltando cor aqui’”, lembra Raphael, futuro doutorando da UFSC. Para ele, o ato da Alfândega é importante para mostrar que a diversidade existe e lembrou que a luta pela aceitação e para não ser considerado uma aberração é diária. “Uma das nossas maiores reivindicações é pelo direito de existir de forma plena e sem ter a preocupação de sofrer agressões por sermos o que somos, ainda mais, hoje, com a ascensão dos movimentos conservadores de extrema direita”, conclui.
 
“Eu com bissexual estou aqui para dar visibilidade ao movimento LGBT, que alcançou diversas conquistas, mas ainda precisa de apoio”, explicou a estudante do Instituto Estadual de Educação Eduarda Domingues. Lembrou que no seu caso a opressão se manifesta na orientação sexual e na raça: “para quem é negro(a) o preconceito é em dobro”, problematizou.
 
“Hoje, no século XXI, a gente ainda sofre preconceito a respeito da pele e da orientação sexual”, denunciou Rita dos Santos, cabelereira-afro, mais conhecida como Feijão. Despojada e de riso fácil, ela acredita que as mudanças virão quando as pessoas olharem para a diversidade com outros olhos, evitando os rótulos.

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