5 MIL NAS RUAS DE FLORIANÓPOLIS CONTRA O PROJETO DA TERCEIRIZAÇÃO
Pressionada por protestos nas ruas e nas redes sociais, a Câmara dos Deputados adiou a conclusão da votação da Lei da Terceirização. Uma nova tentativa será feita na próxima quarta-feira, 22.
Em Florianópolis, cerca de 5 mil trabalhadores foram às ruas contra o Projeto de Lei (PL) 4.330, que possibilita a terceirização de atividades-fim, e contra as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que retiram direitos doseguro-desemprego e da pensão por morte. Em todas as 27 capitais brasileiras houve atos e paralisações como um recado ao Congresso Nacional. A concentração começou na frente da Catedral, com caminhada pelas ruas centrais da Capital até o Terminal Central (Ticen). Trabalhadores de várias categorias participaram do ato, com destaque para os professores estaduais, que estão em greve na luta contra o pacote de medidas do governo Raimundo Colombo que retira direitos da categoria.
O vereador Lino Peres, em sua fala aos trabalhadores, disse que a aprovação da lei na Câmara representa um ataque sem precedentes aos direitos dos trabalhadores, fazendo recuar conquistas das últimas décadas, como foram as dos ferroviários, portuários, gráficos e outras categorias que fizeram lutas históricas. "A terceirização já acontece em atividades-meio há algum tempo e mostra os efeitos perversos dessa lógica", disse Lino, destacando o rebaixamento salarial e a precarização das condições de trabalho.
"Só a mobilização dos trabalhadores na rua poderá travar esse processo, e os efeitos dessa mobilização já estão acontecendo, como a retirada das empresas públicas do alcance do projeto", ressaltou.
Nessa sexta-feira, 17, as Centrais Sindicais, sindicatos e movimentos se reúnem em Florianópolis para avaliar o Ato e organizar as atividades de 1º de Maio.